terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Executiva dia 07/12/2011

Pessoal,

Amanhã haverá reunião executiva do CARL, com as seguintes pautas:
-Deserp, Abem e cia;
-Kit calouro;
-PICAS;
-Verba FAEPA, entre outros.

Lembrando que as reuniões do CARL são abertas a seus membros!

Abraço,

Durante
Presidente do CARL - 2012

domingo, 27 de novembro de 2011

Executiva 28/11/2011

Galera,
Amanhã será realizada a reunião executiva do CARL as 18:00, no CA. Os Assuntos serão:
-Kit calouro;
-Esteto e manual do calouro;
-PICAS;
-COBREM e assuntos afins;
-FAEPA;
-Entre outras (mais informações no arquivo completo).

Lembrando que todas as Reuniões do CARL são abertas a seus sócios.

Abraço a todos,

Durante
Presidente - Gestão Zilda Arns

domingo, 20 de novembro de 2011

Executiva dia 21/11/2011

Pessoal,

Em nome da gestão Zilda Arns, gostaria de convidá-los a participar da reunião executiva do CARL, que passará a ser realizada as segundas-feiras a partir das 18:00 no CV da Med. 
Em anexo, encontra-se a pauta da Exec do dia 21/11/2011. 
Lembrando: todas as reuniões do CARL são abertas a seus membros.

Obrigado pela atenção,

Durante

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Assembléia Geral

Assembléia Geral com finalidade de discussão sobre:
"UNIVERSIDADE, POLÍCIA MILITAR E GREVE"

Data: 17/11/11 às 18:00
Local: Sala 1A do Bloco Didático da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Recepção de calouros 2012

Hoje,ao meio dia, foi realizada a segunda reunião da comissão de alunos para planejar atividades da recepção de calouros de 2012.

Definiu-se o calendário de reuniões, a serem realizadas no CARL:
09/11 - quarta-feira - 18:00
16/11 - quarta-feira - 18:00
23/11 - quarta-feira - 18:00
28/11 - segunda-feira - 18:00
01/12 - quinta-feira - 12:00
Lembrando-se que as reuniões são abertas a todos (assim como qualquer reunião do CARL)


Definiu-se como ações iniciais:
- Estudar as normas da USP que tratem do assunto "trote"; -  Santarosa, Visconde, Penélope - até 16/11;

- Elaboração de Carta Aberta expondo o significado das ações da direção da faculdade e o pensamento desta comissão de recepção, em consonância com AAARL e CARL - Mandinga, Nazi, Penélope -  primeira versão até 16/11;

- Elaboração de um conjunto de normas gerais para funcionamento da comissão - Batata, Bala, Ronny - para apresentação 16/11; 

- Proposições de ações para a semana de recepção - todos - para 09/11 e reuniões subsequentes.


Wander Furtado - Visconde 58
Presidente do Centro Acadêmico Rocha Lima

sábado, 5 de novembro de 2011

Enc: Recepção de Calouros 2012 - reunião urgente 07/11, 12:30 no CARL



Nesta sexta feira, 04/11, foi realizada uma reunião na qual estavam presentes:

Visconde 58 - presidente do CARL 
Durante 59 - próximo presidente do CARL 
Feio 59 - presidente da AAARL
Guile 59 - vice-presidente AAARL
Xarada 59 - indicação do CARL na Comissão Permanente de Recepção de Calouros
Zezé 58 - RD na CG
Bubbles 58 - RD na CG
Diretor - Benedito Maciel
Presidente da CG - Francisco dos Reis
Coordenadora do Curso - Lucila
representante da Comissão de Assuntos Universitários (CAU) - prof. Cláudio Barbieri

Essa reunião foi para tratar dos assuntos contidos no ofício  em anexo, enviado pela Comissão de Graduação ao Diretor, que trata de assuntos relacionados à trote (tipificando elefantinho e pedágios) e aos juramentos (sugerindo proibir sua realização). 

Foi uma reunião bastante tensa, na qual não foi passível de discussão o pedágio e o elefantinho. Quanto aos outros pontos foi uma conversa também  difícil, tendo ficado bem claro os objetivos punitivos e a pouca disposição para se trabalhar junto em uma perspectiva preventiva.

Ainda assim, Ficou definido para 02 de dezembro o prazo para entregarmos a proposta da recepção de calouros à Comissão de Assuntos Universitários, para que esta emita um parecer dia 06 de dezembro, quando ocorrerá uma reunião na qual apresentaremos as propostas. Esse parecer da CAU será avaliado na reunião da Congregação de 15 de dezembro, quando também faremos sua defesa. 

Realizaremos a segunda reunião da Comissão de alunos que trata da recepção de calouros de 2012 (definida  na Assembléia Geral de 18/08)nesta segunda-feira, 07/11, 12:30 no CARL, com o objetivo de acertarmos os trabalhos e definirmos prazos e datas de reuniões

Lembrando que a comissão é aberta à participação de todos que se interessarem, devendo ir à reunião ou mandar email para carl(arroba)fmrp.usp.br, para pegarmos os contatos. 


Wander Furtado (Visconde 58) 



segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Bônus de até 20% na residência - Carta de Repúdio

São Paulo, 26 de setembro de 2011.

Carta aberta à População Brasileira

O acesso universal aos serviços de saúde é contemplado pela Constituição de 1988 como direito de todos e dever do Estado, no entanto, a viabilização desta diretriz sempre representou um obstáculo difícil, tratado por muitos como intransponível, em um país de dimensões continentais como o Brasil.
As tentativas e propostas para solução do problema foram as mais variadas ao longo dos anos,no entanto,  unca se conseguiu estabelecer um programa eficaz e capaz de suprir as necessidades da população. O sucesso de tal empreitada depende substancialmente de uma grande mobilização de recursos e de uma análise crítica e aprofundada das necessidades de saúde da população brasileira. Não se pode, portanto, acreditar que a resolução de uma demanda tão complexa pode ser obtida sem um esforço político intenso, um aporte financeiro significativo e principalmente amplo debate com a sociedade civil.
Infelizmente, não foi assim que se pautou a Resolução nº 3 da Comissão Nacional de Residência Médica, publicada em 16/09/2011. O citado documento estabelece bônus de 10 a 20% na pontuação final dos candidatos aos programas de Residência Médica que tenham participado por pelo menos um ano do Programa de Valorização Profissional da Atenção Primária.
Vale a ressalva de que os programas de Residência Médica são concursos públicos de concorrência acirrada nos quais os egressos das faculdades de Medicina buscam a complementação de sua formação profissional e uma especialização em área específica do conhecimento médico. Dispensa-se dizer que bonificações como as previstas não só alterarão o resultado final de maneira gritante como se tornarão condição indispensável para aprovação em futuros exames.
Sob a bandeira de interiorizar os serviços de saúde e promover a fixação dos médicos em comunidades onde o Estado se faz pouco presente, a resolução causa uma inversão de valores explícita não sendo benéfica nem a população nem a classe médica. Não garante a fixação de médicos especializados em Atenção Primária à Saúde nas regiões com maior necessidade, mas a presença de médicos recém-formados, com pouca experiência, vivenciando condições de trabalho precárias e incompatíveis com a prática da Medicina.
À população será oferecida assistência de baixa qualidade e realizada por médicos cujo único intuito será obter bonificação em um exame e que abandonarão a comunidade em curtíssimo tempo. Este cenário é impensável segundo a ótica do Programa de Saúde da Família - PSF que preconiza como um de seus pilares o atendimento e acompanhamento em longo prazo do paciente, de sua família e da comunidade na qual este se insere.
À classe médica serão oferecidas condições de trabalho, fixação e remuneração incompatíveis com o exercício profissional digno. Utilizar-se-á, na forma de serviço civil praticamente obrigatório, da mão de obra barata de recém formados como solução fácil e absolutamente ineficaz para um problema cuja solução passa pela valorização da especialidade de Medicina de Família e Comunidade, a criação de um plano de carreira para médicos do Estado e, principalmente, investimentos significativos na construção e manutenção de aparelhos de saúde em todas as regiões do país.
Não bastassem todas as críticas pertinentes à iniciativa, ainda merece destaque o escasso e superficial debate com a sociedade civil. Grande parte das agremiações estudantis, associações de classe, Escolas e Faculdade de Medicina e até mesmo Comissões Estaduais de Residência Médica foram surpreendidas com a aprovação da Resolução estruturada às pressas sem a devida mobilização e diálogo com os grupos sociais diretamente envolvidos.
A apreensão e desconfiança só se exacerbam quando se nota que o projeto, embora aprovado, não apresenta regulação ou estruturação sólidas. Não passa de diretrizes nebulosas e um grupo de trabalho ainda não estabelecido. O intuito de aprovação relâmpago é influenciar os programas de Residência Médica já em 2012 com a reserva de vagas. Tal objetivo já seria por si só inviável, para não dizer irresponsável.
Questionamentos básicos como o tempo de duração da bonificação, o número total de vagas, o método de seleção dos interessados, o critério de avaliação dos médicos participantes e a supervisão dos recém-formados ainda permanecem sem resposta, mesmo a poucos meses do início das atividades.
O grande esforço para aprovação, mesmo nestas condições, sugere que o intuito central não é a melhoraria da assistência à população, mas visa um objetivo puramente político. Ainda, aponta para a supressão do debate e autoritarismo na tomada de decisões unilaterais sem a devida discussão com a sociedade e com os agentes da atenção à saúde.
Frente ao exposto, os Centros e Diretórios Acadêmicos aqui vinculados, representando seus estudantes, repudiam a Resolução nº 3 de 16/09/2001 da Comissão Nacional de Residência Médica. Exigem, ainda, a suspensão das determinações do citado documento e um amplo debate com a sociedade prévio a aprovação e aplicação de quaisquer medidas tão relevantes ao país. Por fim, convocam as demais instituições civis para se manifestarem e se envolverem na discussão sobre o tema.

Centro Acadêmico Oswaldo Cruz
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Centro Acadêmico Manoel de Abreu
Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Centro Acadêmico Rocha Lima
Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo

Centro Acadêmico Medicina Sérgio Arouca
Universidade Federal de São Carlos

Centro Acadêmico Emílio Ribas
Faculdade de Medicina de Catanduva

Diretório Acadêmico Samuel Pessoa
Faculdade de Medicina da Pontífice Universidade Católica de Campinas

Centro Acadêmico Medicina UNICID
Universidade Cidade de São Paulo

Diretório Acadêmico Professor Alphonso Bovero
Faculdade de Medicina de Jundiaí



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

“Programa Ciência Sem Fronteiras” - Bolsas Sanduíche na Graduação para universidades nos EUA


Divulgação a pedido da CoC e CG


Prezado Estudante,

 Encaminhamos, para ampla divulgação, a Chamada Pública CAPES Nº 01/2011 -  “Programa Ciência Sem Fronteiras” que disponibiliza Bolsas Sanduíche na Graduação para universidades nos EUA. As Bolsas CAPES darão apoio aos esforços que vem sendo realizados na Universidade no sentido de aumentar a mobilidade estudantil internacional de alunos de graduação e posterior reconhecimento dos créditos obtidos.


A indicação inicial de alunos será realizada pela Comissão de Graduação, e, portanto, venho consultá-lo  quanto ao interesse em participar do programa. O edital completo está em anexo.
Caso você esteja interessado, por favor peencha o formulário anexo e devolva - o para o endereço cg@fmrp.usp.br até 11/10/2011

Para detalhamento do programa e discussão de eventuais dúvidas você está convidado para reunião com o Presidente e a Vice-Presidente da Comissão de Graduação no dia 10 de outubro, próxima segunda-feira, às 12h30min na sala 1 E do Bloco Didático.

Atenciosamente,

Prof. Dr. Francisco José Candido dos Reis
Presidente da Comissão de Graduação

Profa. Dra. Lucila Leico Kagohara Elias
Vice-Presidente da Comissão de Graduação

DOCUMENTOS


I Jornada Gênero, Organização da Informação e Conhecimento

Aprender com Cultura e Extensão


NOVAS DATAS PARA INSCRIÇÃO

A Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, oferece 900 bolsas para projetos de cultura e extensão em temáticas voltadas aos desafios da realidade intra e extrauniversidade. Para e edições 2012-2013 do Programa Aprender com Cultura e Extensão o calendário de inscrições mudou.
 Preste atenção nas novas datas:
Inscrições antecipada no Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil (PAPFE)/ COSEAS, de 13 de fevereiro a 9 de março de 2012.

acompanhe as datas das próximas etapas de inscrições do programa e mais informações pela página eletrônica http://www.usp.br/prc

terça-feira, 4 de outubro de 2011

CFM é contrário a proposta de serviço civil obrigatório para médicos


http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=22246:cfm-e-contrario-a-proposta-de-servico-civil-obrigatorio&catid=3

CFM é contrário a proposta de serviço civil obrigatório
Qui, 29 de Setembro de 2011 00:00
Em audiência pública promovida pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) da Câmara dos Deputados, o 1º vice-presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Carlos Vital, avaliou como impróprias as medidas propostas pelo projeto de lei nº 2.598/2007, de autoria do deputado Geraldo Resende (PMDB-MS), para contornar a escassez de médicos em determinadas regiões do país. De acordo com o projeto, médicos e outros profissionais de saúde formados em instituições públicas de ensino – ou cujos estudos em instituições particulares tenham sido financiados pelo poder público – devem prestar serviços remunerados obrigatórios em comunidades carentes desses profissionais pelo período de doze meses.
 
“Não nos parece que os problemas de desassistência podem ser resolvidos em um estado democrático de direito com medidas coercitivas”, avaliou Vital. “A relação entre médico e paciente é baseada em confiança. Com o médico sendo obrigado a trabalhar em uma localidade, a relação será estigmatizada por insegurança e suspeição”, acrescentou. Vital ponderou ainda que a assistência em saúde não será garantida com a simples distribuição de profissionais – são necessários, de acordo com ele, estrutura de trabalho e um sistema de referência que dê suporte ao atendimento. “Defendemos uma carreira de Estado e mais recursos para a assistência”, concluiu.
 
A coordenadora-geral de residência em saúde do Ministério da Educação (MEC), Jeanne Marlene Michel, avaliou durante sua exposição na audiência que a ideia de adesão voluntária a programas de interiorização da assistência é mais positiva. “Buscar o interesse do indivíduo, sem pressões coercitivas, nos parece melhor e mais viável”, disse. A representante do MEC acrescentou que o gasto público em saúde é outro elemento essencial para a solução dos problemas de desassistência. “Para fixar o profissional de saúde é necessário oferecer a ele remuneração adequada e condições de trabalho”, avaliou.
 
O secretário de gestão do trabalho e da educação na saúde do Ministério da Saúde, Milton de Arruda Martins, participante da audiência, afirmou que o projeto de lei conta com a simpatia do Ministério da Saúde, mas ponderou que os problemas de carência não serão resolvidos apenas com profissionais recém-formados. Em sua exposição, Martins citou o Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica do Ministério da Saúde, que incentiva médicos, dentistas e enfermeiros a atuarem em regiões carentes – os médicos que aderem ao projeto recebem bônus para ingresso em programas de residência médica. O 1º vice-presidente do CFM manifestou o interesse da instituição de observar a execução do Programa, considerado uma medida temporária e paliativa.
 
André Luiz Costa, diretor de relações institucionais da União Nacional dos Estudantes (UNE), afirmou que embora a UNE considere que o ensino superior brasileiro vive um bom momento, as universidades brasileiras ainda estão distantes dos problemas do país, por isso, o serviço civil obrigatório deveria fazer parte da formação dos profissionais de saúde. “De qualquer modo, essa medida deve ser associada a outras, relacionadas a saneamento e educação, por exemplo”, disse.
 
Foto: Reinaldo Ferrigno / Agência Câmara

Entidades médicas definem estratégias para protesto contra precariedade do SUS - 25/10

http://portal.fenam2.org.br/portal/showData/395781



   27/09/2011
As entidades médicas nacionais e estaduais participaram, nesta terça-feira (27), em Brasília, da reunião ampliada Pró SUS, que teve como pauta principal a definição das estratégias para o dia 25 de outubro, data em que os médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) irão protestar contra a precariedade do setor público de saúde.

Os profissionais reivindicam condições dignas de trabalho para melhor atendimento à população, médicos contratados através de concurso público para atender a demanda, qualidade na gestão, salários condizentes com a responsabilidade médica, mais financiamento e o fim das privatizações no setor.

Cada estado deverá definir a forma do manifesto em sua região até o dia 11 de outubro. Entre as atividades sugeridas estão passeatas, fiscalização aos hospitais públicos, coletivas de imprensa, entre outras. Alguns estados poderão optar pela paralisação do atendimento como forma de protesto, desde que respeitem as urgências e emergências.

O secretário de Comunicação da FENAM, Waldir Cardoso, falou sobre o protesto à Rádio FENAM . Confira!

Atenção básica dará pontos em exames de residência médica



Terça-feira, 20 de setembro de 2011 - 12:02

O candidato à residência médica que tiver cumprido integralmente o estabelecido no programa de valorização receberá pontuação adicional, no exame de ingresso, de 10% para a participação por um ano e de 20% para dois anos. Médicos matriculados no primeiro ano de programa de residência reconhecido pelo CNRM terão o direito de trancar o curso por até um ano.

O programa de valorização tem como propósito reconhecer e estimular a atuação de médicos, enfermeiros e cirurgiões-dentistas em equipes multiprofissionais que atuam na atenção básica e nas estratégias de saúde da família. Podem participar profissionais que já concluíram a graduação e tenham registro profissional no respectivo conselho de classe.

Os participantes do programa firmarão contrato de trabalho de pelo menos 12 meses com os municípios. As prefeituras terão o compromisso de contratar os profissionais com remuneração equivalente àquela praticada pela estratégia de saúde da família e oferecer moradia à equipe contratada, quando for o caso.

As equipes multiprofissionais contarão com supervisão, presencial e a distância, de tutores de instituições de educação superior e de hospitais de ensino. Aos profissionais que optarem por participar do programa por dois anos, será oferecido curso de especialização em saúde da família, sob responsabilidade de universidade pública integrante do Sistema Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (Una-SUS).

Resolução nº 3/2011 da Sesu foi publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira, 19, seção 1, página 22. Já a Resolução nº 2/2011, republicada nesta terça-feira, 20 (seção 1, página 18), traz novidade sobre os programas de residência médica. A partir de 2012, as aulas terão início no primeiro dia útil de março de cada ano, não mais de fevereiro. 


Diego Rocha

Sérias alterações no acesso à Residência Médica

30.09.11 - Comissão Nacional de Residência Médica sofre alterações

De acordo com o decreto presidencial 7562, publicado no dia 15 de setembro, a Comissão Nacional de Residência Médica passa a ter uma plenária com doze representantes – em vez dos nove de até então – e uma câmara recursal.
 
Assim, a plenária da CNRM será composta por seis representantes do governo e seis da sociedade civil, sendo dois representantes do Ministério da Educação; um representante do Ministério da Saúde; um representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS; um representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde – CONASEMS; um representante do Conselho Federal de Medicina – CFM; um representante da Associação Brasileira de Educação Médica – ABEM; um representante da Associação Médica Brasileira – AMB; um representante da Associação Nacional de Médicos Residentes – ANMR; um representante da Federação Nacional dos Médicos – FENAM; um representante da Federação Brasileira de Academias de Medicina – FBAM; e um médico docente em instituição de educação superior pública.
 
Até então, a proporção era de cinco cadeiras para a sociedade civil e quatro para o governo. Segundo o representante da AMB na Comissão, José Luiz Bonamigo Filho, a decisão é autoritária, pois altera a proporção de cadeiras, eliminando um direito conquistado pelos médicos durante o período da ditadura militar.
 
Além disso, a câmara recursal, composta um representante do Ministério da Saúde, um do Ministério da Educação e um das entidades médicas (ou seja, numa proporção de dois para um) possui poderes de decisão acima da plenária.
 
"A mudança, ao mesmo em que esvazia o sentido de existência do colegiado, cria mecanismo de regulação do curso de especialização pelo governo sem a influência da classe médica”, diz comunicado da ANMR.
 
Interiorização
 
Em outra questão polêmica, a Comissão Nacional de Residência Médica aprovou, no dia 16 de setembro, a Resolução nº 3 (publicada no Diário Oficial três dias depois), que estabelece bônus de 10% a 20% na pontuação final dos candidatos aos programas de residência médica que tenham participado do Programa de Valorização Profissional da Atenção Primária (10% para um ano de projeto e 20% para quem participou por dois anos).
 
A decisão tem como objetivo interiorizar os serviços de saúde e promover a fixação de médicos em comunidades onde o Estado se faz pouco presente, porém teve voto contrário da Associação Médica Brasileira e da Associação Nacional dos Médicos Residentes, que consideram exagerada a bonificação.
 
"Esse valor torna a participação obrigatória, e não facultativa, em vista da grande concorrência para as vagas de residência”, acredita o secretário da ANMR, Natan Katz.
 
A medida também foi criticada em nota conjunta pela Faculdade de Medicina da USP; Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp; Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto / USP.
 
Segundo nota do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina da USP, "a resolução causa uma inversão de valores explícita, não sendo benéfica nem para a população nem para a classe médica. Não garante a fixação de médicos especializados em atenção primária à saúde nas regiões com maior necessidade, mas a presença de médicos recém-formados, com pouca experiência, vivenciando condições de trabalho precárias e incompatíveis com a prática da medicina”.
Por: Bruna Cenço


original: http://www.apm.org.br/noticias-conteudo.aspx?id=6302#.TooMovG_LpY.twitter

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Situação dos médicos CLTistas do estado de São Paulo

Situação dos médicos CLTistas do estado de São Paulo com  jornada semanal de 20 horas:

1) Salário base inicial: R$414,00 a R$499,00, com mínima progressão salarial a cada cinco anos, por exemplo, um funcionário que trabalha  no HC há 13 anos, tem salário base de R$ 574,00; salário base é o salário sem qualquer bônus ou acréscimo. Dizer que o salário base inicial por 80 horas mensais de trabalho para um médico recém contratado é de R$414,00 significa que o valor da hora de trabalho deste é de R$5,17;

2) O rendimento bruto com gratificações, prêmio incentivo, tíquete alimentação é em torno de R$ 3 mil reais, mas para algumas gratificações, prêmio incentivo e tíquete existem muitas restrições, chegando à perda total em alguns casos, mesmo se o afastamento for por motivo de doença (pode ser afastado recebendo apenas em torno de R$ 700 !!);

3) Não existe um plano de carreira; apenas a vaga promessa de um;

4) A questão salarial dos médicos contratados, sob o regime de trabalho do estado, não é nova. Em 2004, já havia ocorrido uma greve que resultou em um reajuste de 20% sobre o salário e em 2007 houve uma mobilização na qual conseguiram aumento de R$1100 em bônus (que pode não integrar o valor de FGTS, só pra lembrar...); 

5) Uma situação bastante alarmante, que a baixa remuneração acarreta, é a fuga de cérebros (e mãos) do HCFMRP para outras instituições. Alguns profissionais não se sentem valorizados dentro da especialidade;

6) Faltam médicos em várias especialidades, e mesmo onde há concurso aberto, muitas vezes não aparecem candidatos, ou não conseguem atingir a nota mínima para ingressar no serviço público;

7) Em Ribeirão Preto, centenas de cirurgias são suspensas todos os meses, e nas diversas especialidades, a espera mínima para a primeira consulta é de seis meses. Para algumas cirurgias a espera é de anos;

8) O resultado dessa situação são milhares de pessoas sem atendimento todos os meses, e isso só na região de Ribeirão Preto, considerando-se que a situação no resto do estado é semelhante ou pior, pode-se imaginar a dimensão do problema;

9) A situação requer um investimento na saúde, por parte do governo do Estado, e um reajuste salarial para os médicos nesse momento está longe de resolver todos os problemas, mas seria o primeiro passo para recompor o quadro de médicos;

10) Em Ribeirão Preto, os médicos assistentes (cerca de 520 médicos do Estado e 50 médicos FAEPA) estão em greve desde 29 de junho de 2011 por reajuste salarial (equiparação salarial com os médicos assistentes de outros dois hospitais estaduais de Ribeirão Preto, a Mater e o Hospital Estadual que são gerenciados por uma OS, a FAEPA, ligada ao HC-RP). Os médicos assistentes desses dois hospitais ganham de seis mil e duzentos a seis mil e novecentos reais por 24 horas semanais;

11) As negociações por reajuste salarial foram iniciadas em outubro de 2010, sem nenhum avanço, houve 15 dias de greve em abril de 2011, sendo encerrada em nome de uma suposta negociação, que nunca ocorreu, sendo que ainda muitos médicos tiveram descontos de seus salários. Por isso após 50 dias do fim da greve de abril, a greve foi retomada;

12) Na greve atual, os médicos não tiveram nenhuma proposta sobre a reivindicação, a não ser a afirmação, por parte do governo, que o suposto reajuste concedido a todos os servidores da saúde é o único reajuste que receberemos esse ano, e que está elaborando um plano de cargos e salários para os médicos do estado. Para elaborar o projeto do PCCS, o governo formou uma comissão formada por membros do SIMESP, FENAM, CREMESP, APM, e governo;

13) Iniciou-se uma mobilização dos médicos do Estado, e ocorreram duas assembleias em SP, nos dias 29/08 e 12/09. Ocorrerão assembleias nos principais hospitais da capital e interior, e panfletagem. Em 03/10 haverá assembleia em São Paulo da FEEMESP (Federação das Entidades Médicas de SP) onde se deliberará sobre possível paralisação no dia 18/10;

14) Houve em 14/09 uma assembleia com aproximadamente 125 médicos contratados, dos quais 70% eram ex-alunos da FMRP, na qual foi deliberada a continuidade da greve;
15) Há um grande apoio do gabinete da deputada do PT Ana do Carmo, sendo que o comando de greve participou de uma entrevista de 48 minutos com ela na TV Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) sobre a greve no dia 24/08, e terá uma audiência pública aqui em Ribeirão Preto no dia 23/09;

16) Também apoiam a greve: FENAM, CFM, CREMESP, Simesp, e os vereadores de Ribeirão Preto – Capela Novas (PPS),  Jorge Parada (PT), Walter Gomes (PR), Andre Luis da Silva (PC do B), Maurilio Romano (PP), Glaucia Berenice (PSDB).


Para mais informações sobre a greve e as negociações há o blog: http://medicoshcrp.wordpress.com/

Moção de Apoio - CARL - greve dos médicos contratados HCRP - AMAHC

Moção de Apoio - CARL

           
O Centro Acadêmico Rocha Lima (CARL), entidade representativa oficial dos estudantes de medicina da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP), vem, por meio desta, manifestar seu apoio ao movimento de greve e às reivindicações dos Médicos Assistentes do Hospital das Clínicas da FMRP - USP.

            Ao manifestar o apoio, consideramos e enfatizamos a legitimidade do movimento de greve por melhoria nas condições de trabalho e remuneração, seja por parte dos trabalhores em geral, seja, no nosso caso, por parte dos Médicos. Sempre nos recordamos que em poucos anos estaremos de outro lado, seremos assalariados. Cada um seguirá um caminho, mas todos enfrentarão as dificuldades da precarização e privatização dos Serviços de Saúde Públicos, além da exploração junto aos Planos de Saúde.

            Não concordamos e não aceitamos qualquer forma de coerção sobre a livre organização dos trabalhadores, direito constitucionalmente conquistado em séculos de luta. Principalmente se a coerção se faz de forma covarde, usando restrições salariais ou mesmo a grande mídia impressa e a TV, na tentativa de colocar a população contra os médicos, responsabilizando individualmente os mesmos por problemas estruturais de nossa sociedade e de nosso Serviço de Saúde. Problemas que levam a longas filas de espera por consultas especializadas, atrasos no diagnóstico, consultas curtas devido às agendas lotadas, uma atenção primária desestruturada, serviços de pronto-atendimentos caóticos, etc.

            A realidade do trabalho médico se expressa, nos dias de hoje, no fim dos concursos públicos para os serviços estatais e o estabelecimento dos processos seletivos, vínculos precários, bancos de horas, múltiplas jornadas e metas a cumprir. Um contraponto, todavia, parece que não surgirá sem a mobilização e as reivindicações.

            No caso dos Médicos Assistentes do HCFMRP-USP, a situação torna-se ainda mais delicada, já que além de estarem em atividades relacionadas diretamente com a assistência à Saúde, participam ativamente das atividades de Ensino, contribuindo de forma importantíssima na Formação Médica, principalmente nos estágios práticos. Os alunos desta faculdade, sobretudo internos e doutorandos, têm sentido os prejuízos nestes meses de impasse.

            Tendo em vista essa conjuntura e a tendência de agravo, reiteramos o apoio ao movimento dos Médicos Assistentes do HCFMRP-USP, além de cobrar o atendimento das reivindicações e o fim deste impasse. Entendemos que esta é uma luta dos estudantes e da sociedade, na construção de um Sistema de Saúde Público, Universal, Gratuito e de Qualidade, em todos os níveis de Assistência.

Ribeirão Preto, 20 de setembro de 2011.

Centro Acadêmico Rocha Lima

domingo, 18 de setembro de 2011

FÓRUM DE ENSINO - 21/09 - 14:00 - GRATUITO - Existe (qualidade de) vida durante o curso de Medicina ??


ATO PÚBLICO - 21/09 - 11h


ATO PÚBLICO
EM DEFESA DO HC PÚBLICO E DE QUALIDADE
PELA DEMOCRACIA E
RESPEITO AOS DIREITOS DOS TRABALHADORES
21/09/2011
11:00h 
HC CAMPUS
EM FRENTE A ENTRADA DOS AMBULATÓRIOS





            Desde abril de 2008 a AMAHC vem tentando reajuste salarial junto a secretaria de saúde e administração do HC. Em outubro de 2010 o HC e FAEPA aumentaram os salários dos médicos da Mater e do Hospital Estadual de Ribeirão Preto mantendo os do HC. Os médicos assistentes estão em greve desde dia 29 de junho devido à baixa remuneração salarial. Sua reivindicação é pelo menos a equiparação salarial com os médicos assistentes da Mater e HE. O médico assistente do HC recebe cerca de R$ 3.200,00 (com o PIN) e os outros R$ 6.200,00 por 24hs semanais. A adequada remuneração dos médicos se reflete na manutenção de profissionais qualificados no serviço, beneficiando tanto a assistência como as atividades de ensino realizadas por estes profissionais.


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AUDIÊNCIA PÚBLICA EM DEFESA DO HC DE RIBEIRÃO PRETO





Dia 23 de setembro de 2011, às 17h00
Câmara Municipal de Ribeirão Preto
Avenida Jerônimo Gonçalves, 1200, Centro, Ribeirão Preto,SP

CONVIDADOS: 
SINDSAÚDE – SP, 
ASSOCIAÇÃO DOS MÉDICOS DO HC DE RIBEIRÃO PRETO, 
SINDICATO DOS SERVIDORES MUNICIPAIS DE RIBEIRÃO PRETO, 
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DO HC, 
SECRETÁRIO DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO, 
DEPUTADOS DE RIBEIRÃO PRETO E REGIÃO.

COORDENAÇÃO: 
DEPUTADA ESTADUAL ANA DO CARMO, 
SINDICATO DOS MÉDICOS DE SÃO PAULO – REGIONAL RIBEIRÃO PRETO
VEREADOR JORGE PARADA  – RIBEIRÃO PRETO

CONTATOS:
Deputada Ana do Carmo: Gabinete: Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – Ibirapuera – SP – Tel: 3886-6553/3884-4915 – www.anadocarmo.com.br
Ulysses Matos :16-97965624 – usmatos@gmail.com

terça-feira, 23 de agosto de 2011


Já estão abertas as inscrições para o XVIII Prêmio Rocha Lima!

Premiação para os melhores projetos de pesquisa com participação de estudantes de Medicina.

Este ano serão 3 categorias:
-Pesquisa Básica
-Pesquisa Clínica
-Ensino, Cultura e Extensão


Serão premiados os dois melhores trabalhos de cada área!
1º Lugar: R$1000,00
2º Lugar: R$500,00


O prazo para envio dos resumos é dia 02 de setembro de 2011

Mais informações e regulamento:
http://www.fmrp.usp.br/cientifico



Departamento Científico
Centro Acadêmico Rocha Lima


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Projeto Extensão Solidária

A próxima visita será domingo agora, sairemos do estacionamento da Faculdade de Direito às 13h30

EcoFEA - 23 agosto


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Assembléia Geral - 18/08 - Segunda Chamada

nformamos que haverá a segunda chamada para a Assembleia Geral, com finalidade de discussão sobre posicionamentos da Comissão de Graduação da FMRP - USP acerca da recepção de calouros, bem como sobre democracia na USP.

Data: 18/08
Horário: 18:00 
Local: Anfiteatro da Bioquímica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

domingo, 7 de agosto de 2011

ATO PÚBLICO - 08/08 - Médicos Assistentes - Carta Denúnica


ATO PÚBLICO E PASSEATA DOS

MÉDICOS ASSISTENTES DO HC-RP

Data: 08/08/2011 (Segunda-Feira)
HORÁRIO: 08 HORAS
NA PORTARIA DOS AMBULATÓRIOS HC-CAMPUS

MÉDICO ASSISTENTE, SUA PRESENÇA É INDISPENSÁVEL E MOSTRARÁ A NOSSA FORÇA!
Pacientes, familiares, amigos, funcionários, alunos, médicos docentes e residentes são muito bem-vindos a esta manifestação!



Desde abril de 2008 a AMAHC vem tentando reajuste salarial junto a secretaria de saúde e administração do HC. Em outubro de 2010  o HC e FAEPA aumentaram os salários dos médicos da Mater e do Hospital Estadual de Ribeirão Preto mantendo os do HC. Os médicos assistentes estão em greve desde dia 29 de junho devido à baixa remuneração salarial. Sua reivindicação é pelo menos a equiparação salarial com os médicos assistentes da Mater e HE. O médico assistente do HC recebe cerca de R$ 3.200,00 (com o PIN) e os outros R$ 6.200,00 por 24hs semanais. A adequada remuneração dos médicos se reflete na manutenção de profissionais qualificados no serviço, beneficiando tanto a assistência como as atividades de ensino realizadas por estes profissionais.



PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE O BLOG 
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Carta denúncia


No dia 15 de julho, recebemos em Ribeirão Preto o secretário de Saúde Dr. Cerri, para tratar da greve dos médicos assistentes. Nesta ocasião o secretário nos pediu 2 semanas para elaborar algo que fosse ao encontro com nossas reivindicações, conforme amplamente noticiado na mídia. Nos reunimos em assembléia em seguida e, por decisão quase unânime, optamos por manter a greve, até que algo fosse formalizado pelo governo. Por esta decisão fomos chamados de intransigentes, mesmo após várias tentativas de explicar que proposta é algo diferente de promessa.
Na tarde no dia 5 de agosto, tivemos nova reunião com o secretário de saúde e a confirmação do que muitos suspeitavam: esqueçam tudo o que o secretário prometeu. Rasguem todos os jornais. Agora não há qualquer disposição do governo estadual em oferecer reajuste salarial aos médicos do HCRP.
Sim, sabíamos que saúde não é prioridade para o governo atual. Mas duro mesmo foi ouvir que nosso movimento tem cunho político (?) e que o governador dera ordem para demitir todos os médicos grevistas. Pena que essas ordens são dadas ao pé do ouvido…
Governador Alckmin, na qualidade de cidadão do estado de São Paulo eu ouso aconselhar que mandar demitir não seria uma medida sábia. Primeiro pela inconstitucionalidade da ordem, a qual seria facilmente aniquilada nos tribunais de nosso País, e segundo e mais importante, porque a despeito de qualquer ordem sua, as demissões já estão ocorrendo, de forma voluntária, todos os dias. E sabe quem está ocupando essas vagas? Ninguém.
Nos últimos meses antes da greve o segundo maior hospital do país vinha cancelando uma média de 400 cirurgias de alta complexidade por mês. Qual o motivo? Falta de médicos. Sim esses mesmos médicos que o governo quer arbitrariamente demitir.
Nós, profissionais que vivemos diariamente essa realidade trágica, nos sentimos impotentes e desvalorizados. Esses sentimentos invariavelmente nos levam a vontade de desistir do SUS, reservando nossos mestrados, doutorados, artigos publicados, livros escritos, ou seja, todo o know-how que acumulamos como médicos de serviços de referência nacional para aqueles que nos remunerem dignamente….  Mas não, não é isso que a sociedade espera de nós. Governos passam. Mas a chama de justiça que existe em cada um de nós não poderá se apagar, ou tudo aquilo que nos levou um dia a querer ser médicos perderá o sentido.
Após a reunião com secretário demos inicio a uma nova fase de nossa mobilização, agora com representantes de outros hospitais estaduais.
Mais do que nunca precisaremos do apoio da sociedade, precisamos abrir os olhos de todos para o que está acontecendo. Não dá mais para tolerar rios de dinheiro se esvaindo por meio da corrupção, por meio de obras inacabadas, em financiamentos de campos de futebol com interesses particulares, enquanto cirurgias são canceladas, leitos de CTI são fechados, filas para atendimentos são cada vez maiores… A população não pode mais sofrer pela inércia de um governo insensível ao sucateamento da saúde pública, amaurótico para os reais problemas da população. Chega!


Escrito por medicoshcrp
agosto 6, 2011 em 8:21 pm